
Foto: Monique Renne
Pelourinho
O Centro Histórico do Pelourinho, em Salvador, Bahia, é um dos mais emblemáticos e preservados conjuntos urbanos coloniais do Brasil. Com origem no século XVI, o Pelourinho se firmou como importante núcleo administrativo, religioso, comercial e cultural da colônia portuguesa nas Américas. Ao percorrer suas ladeiras de pedra, entre igrejas monumentais, casarões coloridos e praças vibrantes, o visitante se depara com uma rica herança histórica viva, onde passado e presente se entrelaçam de forma autêntica.
Fundação e Consolidação
O Pelourinho, localizado no centro histórico de Salvador, tem sua origem no período colonial brasileiro, a partir do século XVII. Foi nesta área que se estruturou o primeiro núcleo urbano da cidade, que foi a capital do Brasil Colônia até 1763. O pelourinho propriamente dito era um marco de poder, um símbolo de justiça e autoridade colonial onde se realizavam punições públicas, principalmente envolvendo escravos e infratores das leis coloniais. Ao longo dos séculos, o local foi testemunha das transformações sociais, políticas e culturais de Salvador, consolidando-se como um dos principais centros históricos e culturais do Brasil.
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Arquitetura e Urbanismo
O Pelourinho é reconhecido pela riqueza arquitetônica colonial, que reúne um conjunto harmonioso de construções dos séculos XVII e XVIII, destacando-se pela variedade de estilos como o barroco e o neoclássico. Suas ruas estreitas e ladeiras de paralelepípedos, ladeadas por casarões coloridos, igrejas, conventos e edifícios públicos, criam uma paisagem urbana única que remete ao Brasil colonial. A pedra do pelourinho, símbolo do poder punitivo, permanece como um marco histórico no centro da praça. A área mantém a estrutura original do traçado urbano português, com espaços que articulam a vida social, religiosa e comercial da época, em diálogo com as transformações contemporâneas.
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Função, Cultura e Memória
Mais do que um conjunto arquitetônico, o Pelourinho é um importante espaço de memória da história afro-brasileira, da escravidão e da resistência cultural. Atualmente, o bairro funciona como polo cultural vibrante, onde se realizam festivais de música, dança e manifestações artísticas que celebram as raízes africanas e brasileiras. O local preserva museus, centros culturais e espaços de arte que promovem o conhecimento e a valorização da cultura popular. O Pelourinho é, assim, um símbolo vivo da identidade baiana, desempenhando papel fundamental na manutenção da memória coletiva e na promoção da diversidade cultural.
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Reconhecimento e Preservação
O Pelourinho foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na década de 1930 e, em 1985, declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, reconhecendo sua relevância histórica, arquitetônica e cultural em âmbito internacional. Desde então, o bairro passou por processos intensos de restauração e revitalização, que buscam preservar suas características originais e incentivar o turismo cultural. Projetos de conservação focam na manutenção das fachadas coloridas, das estruturas históricas e na recuperação dos espaços públicos, garantindo que o Pelourinho continue sendo referência para estudiosos, visitantes e para a comunidade local.
Mais informações
Pelourinho
Centro Histórico – Salvador – BA – Brasil
CEP: 40026-280
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Área pública e gratuita, aberta diariamente.
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Recomenda-se visita durante o dia, especialmente entre 9h e 18h.
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Após as 22h, é aconselhável cautela devido à segurança.
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Acesso livre às ruas, praças e igrejas; algumas atrações cobram entrada.
Horários de funcionamento (sujeitos a alteração)
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Abertura diária; horários específicos variam conforme o estabelecimento ou evento.
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Igrejas e museus: geralmente abertos de terça a domingo, das 9h às 17h.
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Eventos culturais: horários variáveis, com destaque para finais de semana e datas comemorativas.
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Telefone geral da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT): (71) 3117-6980
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Site oficial: www.cultura.ba.gov.br
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Redes sociais: @culturabahia
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Conjunto arquitetônico colonial barroco, tombado como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
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Igrejas históricas: Igreja e Convento de São Francisco, Igreja do Rosário dos Pretos, Catedral Basílica de Salvador.
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Museus e centros culturais: Museu da Misericórdia, Museu da Bahia, Fundação Casa de Jorge Amado.
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Eventos culturais: apresentações de capoeira, blocos afro como Olodum e Filhos de Gandhi, especialmente aos domingos e terças-feiras.
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Ruas e praças com lojas de artesanato, restaurantes típicos e bares com música ao vivo.